ideologia;
terça-feira, 26 de maio de 2015 | Comentários
"E as ilusões, estão todas perdidas
 Os meus sonhos foram todos vendidos
 Tão baratos que eu nem acredito!"

Penso em como continuar lutando, se nem forçar para te escrever tenho mais.
Não há força para querer pensar, jogar essas palavras num papel qualquer. Você partiu e, como disse Cazuza, meu partido é um coração partido.
Pelo menos dessa vez, a dor parece ter entendido seu lugar.
Não quero escrever nada fúnebre ou mórbido, mesmo que todos esperem isso ou uma história de superação mágica.
Nada disso, só quero contar como me sinto, hoje.
Especialmente hoje que penso em sua morte, e consigo entender que estará sempre comigo.
Dói, dói mais que qualquer outra coisa, pensar que para amadurecer, fora preciso essa tempestade tão devastadora.
Tempestades assim arrancam nossa essência e alma; as vezes, as perdemos para sempre, junto com a pessoa querida, tão querida.
As vezes, juntamos forças sobre-humanas para tentar não chafurdar na lama; para tentar conseguir um pouco de oxigênio.
Não há superação nisso, não há nada além de uma força estranha, hoje, que consigo lhe escrever e dizer: Mãe, talvez as coisas possam dar certo pra mim.
Eu penso todos os dias em como gostaria de chegar em casa e te contar tudo.
Não posso, e não há ninguém que possa suprir esse vazio, mas eu posso tentar.
Tentar conquistar todas essas coisas bonitas que você desejou para mim, desde o momento em que nasci.
Só gostaria de lhe dizer, que se puderes sentir ou enxergar todas essas coisas bonitas, são por ti.
Todas as coisas bonitas que estão por vir (e sei que virão), todas, vão ser por ti.

Para eu lhe deixar orgulhosa, como nunca fiz em vida.


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
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