sexta-feira, 18 de maio de 2012 | Comentários
tenho me analisado muito, ultimamente; não gostei do que descobri, não tenho gostado do que encontro todos os dias ao olhar para o espelho.
me tornei o que mais temia: uma pessoa fria, uma pessoa que não te mais fé, sabe?
me tornei indiferente aos problemas dos outros, me tornei indiferente a tudo, na verdade; isso me deixa triste, faz eu me sentir mais vazia.
é como se eu estivesse vivendo apenas por não ter outra escolha. como se tudo que eu acreditava tivesse me machucado tanto a ponto de eu não acreditar mais. em nada.
em amor, em felicidade, em tristeza, em dor, em carinho...
todas essas emoções não fazem mais parte de mim. nenhuma emoção mais, só um vazio, mais um espaço em branco que você tinha preenchido um dia.
agora sou apenas isso, cheia de espaços brancos que não serão preenchidos.
'as pedras me ensinaram a voar, o amor me ensinou a mentir, a vida me ensinou a morrer'
não quero isso, não quero me tornar o que me tornei, talvez não haja mais volta, nem salvação, como eu achei que houvesse.
talvez não haja nada, apenas esses espaços em branco, espaços vazios, indiferentes. me tornei uma pessoa ruim, uma pessoa que não tem orgulho do que se tornou.
e no meio desses tantos talvez, as coisas mudem, eu volte a ser o que era.
não tenho mais tanta certeza, não tenho mais tanta certeza se quero voltar a ser ou continuar sendo.


terça-feira, 15 de maio de 2012 | Comentários "A juventude é uma banda, numa propaganda de refrigerante"


E assim vai, anos décadas, séculos e cada vez mais você vai cansando das outras pessoas, das outras merdas que elas fazem.
As mesmas pessoas fazendo as mesmas merdas.
Até que você encontra uma; apenas uma pessoa que não é igual as outras. Uma que também faz essas coisas todas, mas não igual ao resto.
É melhor, mais interessante.
Ela se torna singular no mesmo de tanta mesmice, no meio de tanta gente clichê, no meio dessas coisas cotidianas que todo mundo se acostuma.
Ela faz você gostar; e você gosta. Gosta cada vez mais, e você curte, cada vez mais.
Porque, além de singular, ela é sua.
Só sua singularidade no meio dessa juventude querendo ser uma banda numa propaganda de refrigerante.

sábado, 5 de maio de 2012 | Comentários Os dias têm sido mais frios, mais cinza, mais tristes; não sei até quando vai ser assim, só peço que termine.
Meu coração está tão machucado, sinto como se alguém o apertasse forte, forte de um jeito que penso não pertencer mais a mim.
Aquelas felicidades efêmeras não ajudam mais.. pessoas, bebidas, festas, cigarros.
A única coisa que dá um certo alívio é quando depois de me esconder em qualquer canto do quarto, choro abafado pra ninguém ouvir, vou até o espelho.. rosto inchado, olhos vermelhos coração aliviado por alguns minutos.
Depois ele volta, atrapalha, machuca de novo; como se as poucas alegrias o incomodassem, como se tivesse sido feito para suportar qualquer tipo de dor. Não alegria.

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
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