anyone else but you;
quinta-feira, 29 de setembro de 2011 | Comentários
você tem preenchido meus dias, cinzas, com inumeras felicidades; você mexeu com o meu coração, ou-seja-lá-onde-essas-coisas-ficam, de uma maneira que nenhuma outra conseguiu.
descobri que, mesmo depois de tantas tristezas, dias bucólicos e sem saída, você vai ser meu escapismo.
um escapismo do mundo, da realidade. você consegue me entender?
eu também não consigo, é estranho e ao mesmo tempo maravilhoso.
se me perguntassem como eu descrevo nosso amor, a única palavra que cabe é surreal.
acho que todos ficam muito piegas quando estão apaixonados, e eu não sou diferente. olhe bem quantas coisas você mudou em mim. eu gostando de algo tão clichê...
mas, espera, não vai embora ainda, deixa eu te dizer todas essas coisas que eu tenho guardado comigo.
seu sorriso enche de cor meu mundo, sua voz penetra em meus ouvidos como um apreciador de ópera entra em extase quando a ouve; cada palavra que sai da sua boca é divina, sobrenatural.
me sinto flutuando cada vez que arranco um beijo seu. o som da sua respiração, bem junto a mim.
sabe todas essas coisas que gente apaixonada fala? pois é, eu queria ser diferente, queria te falar tantas coisas lindas tantas coisas diferentes tantas... coisas.
mas você sabe como é, virei um clichê.
um clichê, piegas, apaixonado. sem você eu não consigo viver e, dói demais imaginar um dia te perder.
então, não vai embora, fica aqui, perto de mim, perto do meu coração, que já está tão desgastado de perdas, tristezas. fica, que eu te quero como nunca quis ninguém antes. fica, porque eu preciso de ti, preciso de todas as suas cores para tirar esse cinza da minha vida. preciso do seu cheiro nessa casa, seu cheiro em mim, seus gostos, seus risos, sua voz.
fica, que eu preciso do seu amor pra completar o meu.


you and me (in my pocket)
terça-feira, 20 de setembro de 2011 | Comentários
Eu fico parada ali, observando o outro. Não faço nada, nenhuma palavra, nenhum movimento, apenas o observo.
Ele retribui o olhar, com certa indignação; talvez o meu olhar seja tão detalhista, quanto intimidador.
Não era essa a intenção, juro.
Se ele me falou algo sobre o olhar? não, não falou, agora não há palavras.
Não precisamos delas. Os olhares nos bastam.
Tudo já se foi dito, tudo já se foi feito.
Não há o que falar, não há o que sentir. só nos resta o olhar.
Talvez, vocês não saibam, mas o olhar diz muito. É o espelho da alma, né?
Não sei, não sabes...
Mas isso é tudo que precisamos; eu vejo o amor e a ternura transbordarem em seu olhar, você vê o amor e a ternura transbordarem em meu olhar.
Ora detalhista, ora intimidador.


canção pra não voltar;
sexta-feira, 9 de setembro de 2011 | Comentários
As vezes, quando a noite tá gelada, me debruço na janela, olhando as estrelas, sentindo todo aquele frio congelando meu rosto e imaginando quando você voltará.
Fico pensando, também, em como minha vida ficou triste, desde aquele dia.
Coisas boas acontecem, coisas boas vão acontecer, mas nada vai mudar o que aconteceu naquele maldito dia.
Talvez eu não tivesse mudado tanto, talvez eu continuasse sendo uma pessoa má, e todas aquelas coisas que você sempre criticou muito em mim. Mas talvez, eu fosse feliz, ainda.
Ficamos tristes por tantas coisas bobas, que quando acontece algo que realmente nos surpreende, não sabemos o que fazer. A reação é a mesma: nada.
Não há o que fazer, nem o que falar, absolutamente.... nada.
E, talvez, isso seja o que mais dói em todos nós. Não saber o que fazer.
Sofrer para sempre a partida, tentar viver uma falsa felicidade, tentar não pensar no que aconteceu?
Gostaria de ter algumas respostas, mas dizem que o tempo nos dá.
Eu ainda to esperando.
Esperando as respostas, esperando a sua volta, esperando minha felicidade novamente.


astronauta de mármore;
segunda-feira, 5 de setembro de 2011 | Comentários
'Não era mais o mesmo mas estava em seu lugar'


acho que depois de um baque como esse, a gente começa a dar mais valor à vida.
sei lá o motivo de sermos tão bestas.
só dar valor quando perde, e não deveria ser assim. deveríamos dar valor enquanto temos; não depois.
depois não adianta, depois não vai fazer o passado mudar o futuro. ou o presente.
mas, acho que, todo ser humano tem isso, sabe?
essa coisa de achar que é superior a qualquer coisa, que nunca vão perder nada, nem ninguém; só os outros perdem, a gente não.
bobo isso, né? se acontece com os outros, porque não aconteceria conosco?
e daí vem toda aquela conversa babaca de amadurecer, de começar a dar valor, de sentir a falta do que ou-de-quem você perdeu.
cara, que coisa mais narcisista, egocêntrica e humana isso.
mas a gente amadurece, começa a valorizar as coisas ou pessoas e sente falta.
e olha... é uma merda. dói, sabe?
dói tanto que a gente pensa que não vai aguentar, mas a gente aguenta.
e, talvez, essa dor não seja tanto por ter perdido, mas sim pelo que aconteceu antes, pela falta de maturidade, pela falta da valorização.
talvez até, seja peso na consciência, vai saber... por não ter dado todo o valor merecido.
essas coisas.
e todas essas coisas, e as outras coisas se misturam dentro da gente, e você fica a ponto de explodir.
de dor, de raiva, de tudo.
todos os sentimentos ficam se misturando, e você não consegue parar de pensar no antes e no depois.
porque, você sabe, só existe o antes e o depois. o que tinha no meio, agora, é só um espaço vazio.
e esse espaço dói tanto. e a gente tenta continuar.
continuar machuca também, todas essas coisas, e as outras. todas elas machucam.
mas aí, você ta mais maduro, e toda aquela história; encontra alguma coisa-ou-alguém, e entende o motivo de todos nós continuarmos.
Porque, é nessa coisa-ou-alguém que você se agarra, e tenta -não-preencher- mas deixar menos vazio, aquele espaço entre o antes e o depois, sabe?


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
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