Astrologia & Cocaína

the scientist;

terça-feira, 4 de dezembro de 2012 | Comentários

e então o que éramos já não tem importância; o que fomos foi; o que fomos passou.
e aquela fé, que hoje arrasta a minha vida, acabou. não voltaremos a ser.
isso tem me doído tanto, todos os dias, que meu coração não sente mais; nem dor, nem alegria. tudo o que você conseguiu trazer à tona em mim, tudo isso desapareceu.
talvez tenha-se ido embora junto às lágrimas, que por dias, foram minhas companheiras; confesso-lhe que a nicotina tem se tornado uma boa aliada nessas noites que meu coração não sente.
essas felicidades efêmeras, com as quais tanto lutei para ficar longe -olha que ironia- são minhas únicas companheiras agora.
a casa está vazia, há uma ausência na minha cama. uma urgência, por assim dizer, de te-la de volta.
e você poderia voltar, todas as vezes que quisesse. você sabe, não sabe?
e nós poderíamos esquecer o passado, o que fomos e deixamos de ser, para sermos novamente.
poderíamos ter novos planos, um novo futuro. nossas estrelas poderiam ser outras; você pode escolher qualquer uma, qualquer uma de qualquer constelação.
gostou de alguma, do cinturão de Órion? ou quem sabe alguma da constelação Hydra?
vamos, meu bem, escolha alguma para eu poder arrancá-la do céu e entregar-lhe.
então, de repente, acordo. e descubro que são só mais alguns sonhos; desses que eu tenho tido todas as noites, desde aquela noite fatal onde tudo aconteceu.
lembro-me que o futuro do pretérito poderia acontecer, mas como o 'poderia' já diz, não aconteceu, nem acontecerá.
mas eu ainda continuo tendo esses sonhos loucos, onde você voltava para mim, onde não existia mais dor, nada que atrapalhasse o que construímos.
talvez eu continue tendo esses sonhos pela vida toda.
porém, isso só você poderia me responder. ou poderá, dependendo se o nosso futuro for no pretérito ou no presente.