you keep me warm;
quarta-feira, 26 de outubro de 2011 | Comentários
Gosto do barulho da chuva batendo contra a janela. A sensação que invade minha alma é apenas uma: O mundo pára.
O mundo lá fora, digo. Um universo paralelo dentro da casa de abre. Cigarros, cafés e noites sóbrias enobrecem o corpo.
Os pensamentos pairam sobre seu corpo, adormecido no outro lado da cama. Os sussurros baixinhos com palavras bonitas tomam conta dessa transcendência.
A chuva continua batendo na janela, como se pedisse pra penetrar nesse nosso universo que não parou, nesse nosso universo de noites sóbrias, cafés e cigarros. Nesse nosso universo de palavras bonitas sussurradas, nessa transcendência, nesses pensamentos; nessa coisa chamada amor, ou apenas nessa coisa chamada eu e você.


don't go away;
terça-feira, 11 de outubro de 2011 | Comentários
essa carência sempre machuca meu coração. qualquer indiferença partindo do outro, machuca.
é uma dor daquelas que a gente pensa que não vai aguentar.
depois de todas essas coisas que acontecem na vida, qualquer momento de alegria, qualquer momento bonito, você tenta guardar na memória, pra quando essas outras coisas que machucam, não machucarem tanto.
não adianta, continua doendo.
eu continuo vivendo. viver machuca também.
você sempre tem essa fé estranha de que um dia as coisas vão melhorar, e elas melhoram, e pioram, e vai assim. e você até pensa em desistir.
desistir não dói. mas você continua.
todo mundo sempre continua nessa vaga ilusão de felicidade um dia.
a felicidade é estranha, felicidade as vezes dói também.
e acho que quando até a felicidade começa a dor, a gente deveria desistir, sabe?
mas, você tem o amor. a gente nunca desiste do amor.
mesmo sendo ele o que mais nos machuca.
você quer amor integral, amor inteiro, amor.
esse amor não existe. mas a gente continua.
continua porque talvez o outro arranque essa dor da gente, deixe de lado a indiferença e mostre que você estava errado sobre o amor.
estava errado sobre a felicidade, estava errado sobre a vida.
estava errado sobre você.
e naqueles dias que você pensa que a dor vai arrancar seu coração, o outro apenas sorri baixinho e diz 'eu te amo'.
aí você continua, desistir não é nobre.


i can change;
sexta-feira, 7 de outubro de 2011 | Comentários
é tão fácil desistir, o difícil é correr atrás.
largar tudo por alguém, mesmo que o futuro seja incerto, mesmo que não dê certo, mesmo que.
e talvez nem seja amor mesmo esse turbilhão de sentimentos que jorram de você.
e se for apenas outro talvez?
e se, você largar tudo pela pessoa, e der certo?
e se, for amor, for paixão, for tudo o que você pensava que era, mas tinha que medo que, realmente, fosse?
eu sei, essa história de manter tudo longe pra não nos afetar.
há uma coisa na vida, que você não pode deixar longe. é esse negócio que ninguém sabe explicar, que não tem o que explicar. vai inundando sua alma de alegrias, e cores e coisas bonitas. e você se vê completamente dependente de outro ser.
as pessoas têm tentado explicar o que é isso, mas é uma coisa mais ou menos assim: você entrega a sua vida nas mãos da outra pessoa e reza. reza muito, pra que ela saiba cuidar.


imagine;
quarta-feira, 5 de outubro de 2011 | Comentários
Não sei exatamente quando você partiu, mas sinto um aperto, não sei bem aonde, faz tempo.
Então calculo que seja desde a sua ida.
O motivo desta carta, é o tempo que não conversamos. Acho que palavras escritas expressam-me melhor do que qualquer outra coisa; essa semana foi pesada, você bem sabe.. gostaria de pular para o próximo mês, próximos anos, ou qualquer tempo que diminuísse essa dor.
Gostaria, na verdade, de regredir até o dia da sua partida, não poderia mudar muita coisa, apenas queria te dizer algumas coisas.
Gostaria de dizer que se você for, leva metade de mim, dizer que não. Não vai, dizer que eu te amo, dizer que amor de primo é pra sempre, sabe?
Dizer que eu aprendi muito contigo, dizer que seu abraço e sua risada vão fazer muita falta aqui, dizer que o teu carinho vai fazer muita falta, dizer que tu longe assim, é impossível.
E você pode dizer 'que eu sou apenas uma sonhadora' que nada poderei fazer para mudar, que é assim, que você teve que partir desse jeito, que assim vai ser melhor, que um dia vamos entender, que não tem problema. Mas eu gostaria de dizer quê.


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
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