decadence avec elegance;
terça-feira, 18 de março de 2014 | Comentários
''sua vida burguesa é uma merda,
 um roteiro de intrigas para Fellini filmar''

nos renderemos então?
mas esse não foi o nosso combinado, menina.
essas não foram as promessas feitas, os planos, o futuro.
seguiremos caminhos opostos? não nos olharemos?
seremos completos idiotas, fingindo que não nos conhecemos, que não ficamos uma vida inteira jurando amor.
somos seres humanos tão fodidos, menina.
nossas vidas são tão insignificantes e pequenas perto do resto do universo, e mesmo assim; mesmo não sendo nada perante o mundo, somos tão, estupidamente, egoístas.
não há o senso comum, não há um bem maior, só o nosso.
rezamos tanto, todos os dias para nunca chegarmos a esse ponto.
o ponto em que aceitamos a ridicularização do nosso ser.
aceitamos, a partir de agora, todos os próximos dias com gosto amargo de ressaca, gosto azedo de vomito, cheiro de cigarro impregnado nas cortinas, nas roupas nos lençóis, na alma.
a cama desarrumada, noites por mim, noites por estranhos, que vão foder e ir embora.
estranhos que não estarão ao nosso lado, nos dias com gosto de ressaca.
arrastaremos nossas vidas por bares, motéis, por lugares sujos.
seremos épicos suicidas heroicos, patéticos adultos que não aceitam crescer; patéticos adultos que não aceitam um desamor.
não aceitam uma vida de merda; mas se afundam nela.
e não tentam sair.
estamos afogados, menina, nessa merda toda que tornou-se a tal da vida.
nessa doce decadência sem nada de elegância.


let her go;
quarta-feira, 12 de março de 2014 | Comentários
'' only know you love her when you've let her go
 and you let her go''

e sempre vai ser assim, né?
você só vai se importar, quando já estiver tudo fodido.
não, meu bem, sem dramas, isso é o estado natural do ser humano; ser babaca.
e depois arrepender-se, e depois chorar, e depois depois depois depois bem lá no final reconhecer o erro, e chorar de novo. 
pois quando o erro é reconhecido, normalmente já está tarde.
e tudo já foi desfeito.
aquelas coisas bonitas que só encontramos no amor, aquelas promessas estúpidas em que 
acreditamos ferozmente; cada pedacinho construído ao seu lado, estará desmoronando.
mas você, realmente, não se importa agora.
pois agora -pra você- ainda não é tarde.
ainda tem tempo de continuar sendo babaca e ajudando a derrubar o que resta em pé.
mas esse agora, pra mim, já acabou.
agora pra mim, já está no depois.
e eu espero, aqui;
espero a parte do depois depois depois depois para o erro ser reconhecido.
para tentarmos reconstruir o que você acaba de derrubar.
porque é natural do ser humano ser babaca.
e eu continuo sendo, por você.


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
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