Desperta-te
quinta-feira, 23 de julho de 2009 | Comentários
Desperta-te das sombras, e vem junto a mim!
Teus olhos junto aos meus, são brasas em chamas; chamas que se apagam quando longe fico eu de ti.
Desperta-te das cinzas destas brasas e mata a minha saudade.
Que dilacerando meu coração está!
Se és tão forte, porque não o vejo atrás das brumas?
Posso dizer então que o amor que sentias cessou? Pois outra resposta não há, para não enxergar teus olhos ardentes que há pouco avistei.
Sei que quando me olhas, estes incendeiam.

Então talvez, não me olhando estejas.
Mais coerente e menos dolorosa seria está...
Queria que respostas e verdades fossem sinônimos, assim quando perguntassem sobre nosso amor, tu responderias:
- Ó, és tão belo quanto nossos olhos ardentes, quando encontram-se. Clamando por piedade. A piedade de um beijo, que acaba com a dor da saudade.
Dilacerando-a, como há pouco, fez ao meu coração!


Veraneio
segunda-feira, 13 de julho de 2009 | Comentários
Nessas noites de verão, que nada além de ficar olhando o céu parece existir, eu gosto de viajar. Viajar nos meus pensamentos, nos meus versos, num 'infinito particular', que só alguns têm o privilégio de conhecer.
Sempre preferi o pouco, o desconhecido, o exótico, intenso, boêmia... O praxe sempre me desinteressou profundamente.
Fico sentada na escada, na frente de casa, na rua completamente afundada no breu, um calor infernal; um único ruído, o zzzzzzzz de mosquitos se debatendo contra a luz. Numa busca incessante por qualquer coisa, que não sei o que é.
O dia está quase clareando, e eu... nada fiz, senão ficar aqui, imóvel, olhando a rua vazia. Que, apesar de já estar na hora de acordar, permanece irredutível.
As vezes me pergunto se essa rua um dia já acordou, talvez ela apenas faça parte do meu infinito. Aquele que ,quando eu durmo, vem à tona. Quando acordo, lá pelas seis, submerge novamente.
Assim são minhas noites de verão, a rua, a escada, a poeira do chão, o vazio. Aquele infinito.
Talvez no próximo verão, eu tenha algo para escrever; já que nesse, o breu tomou todo o meu tempo!


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
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