coração vagabundo;
segunda-feira, 28 de março de 2011 | Comentários
Sentimentos são uma droga.
Essa é a palavra correta; droga.
Você não os têm, descobre que existe, experimenta, curte. É quase um ecstasy, você não pensa em mais nada, além disso. Os sentimentos, ou drogas.
Então, você fica mal, muito mal, porque esses tais te machucam; e machucam muito. É uma dor tão intensa que, normalmente, pensa-se que não irá sobreviver.
E sabem o pior?
- é que você sobrevive, depois do seu coração estar em pedaços, absolutamente quebrado... e você tem que continuar, porque sobreviveu.
Demora, dias, semanas, ou talvez anos, mas você melhora, sempre vai melhorar.
Sentimentos são como heroína, você pode dizer para si mesmo, e para os outros que não os terá novamente, mas eles voltam. Tal qual como a primeira vez que isso aconteceu.
E aquela pessoa indiferente aos sentimentos se esquece de tudo o que aconteceu no passado, seu coração está melhorando, você está melhor, sua cabeça está no lugar, você está feliz.
Você cai novamente, a abstinência o deixa louco, pensa que dessa vez não suportará, mesmo.
Mas você sobrevive, sempre sobreviverá; e sabem o motivo dessa persistência?
Vocês sabem que um dia... um dia vai conseguir entregar todos os seus sentimentos para alguém, e esse alguém fará o mesmo.
E isso vai ser pra sempre.
E o pior?
- é que você vai amar incondicionalmente essa outra pessoa, e será recíproco.
A taxa a ser paga?
Felicidade contínua.


where is my mind?
segunda-feira, 14 de março de 2011 | Comentários
Eu sinto a verborragia correndo pelas minhas veias, eu a sinto pulsando, a sinto na minha cabeça.
Talvez seja só o tédio, ou, talvez, essa ‘coisa’ queira, realmente, me dizer algo.
É quase inevitável; para fugir do tédio sempre o faço. Pego o papel, a caneta e fico.
Fico olhando para o teto, as paredes, tão sem cores quanto esses últimos dias.
Cinzas, melancólicos, esfumaçados, amargo.
A chuva não cessa, a fumaça do cigarro tão pouco. O café morno, repugnante, permanece ao meu lado.
Talvez seja por isso que sinto tão forte, esse amontoado de palavras.
Elas correm, fogem, se reencontram, misturam-se.
E a unica coisa que consigo compreender é:
- Tenho que escrever.
Essas bobagens cotidianas, que têm feito parte da minha vida, me forçam, inutilmente, à tentação da mudança.
Mudar, não meus vícios ou pensamentos ou qualquer outra coisa que me faça uma pessoa-mais-íntegra, mas sim o tédio.
Tento mandá-lo embora através das palavras escritas.
Mesmo que para isso, eu não consiga escrever nada.
Às vezes ajuda


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
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