Fantasmas
terça-feira, 28 de abril de 2009 | Comentários
O que eu sinto talvez seja só paixão, só atração ou, até mesmo o tal do amor. Fico angustiada de não poder tocá-lo, não o ver sempre, não sentir seu cheiro... não ouvir sua voz para me acalmar.
Passar tardes, aquelas chuvosas, frias e sombrias,com ele. Chegar e casa e não vê-lo, saber qe é impossível, imaginar um futuro juntos. Porém, não enxergo seu rosto nos meus pensamentos, nunca! Nunca há rostos, só formas, aromas, gostos.
O gosto dos corpos juntos, o gosto da sua boca na minha...
Quem sabe a palavra certa não seja amor, e sim loucura. Uma lúcida loucura que me acompanha há tempos, tomando conta dos meus sonhos e pensamentos.

Loucura!
Sim, uma loucura por saber que ele é intocável diante de mim. Loucura maior por saber que o ser tão desejado é só um pensamento. Não existi e, nem sequer existiu.


It's my life
segunda-feira, 6 de abril de 2009 | Comentários
Ahh, a música... deixa o ambiente tão embriagado, tão lúcido, uma contradição perfeita.
É a única hora do dia que consigo ser eu mesma; quando estou em casa, sozinha, eu e ela, eu e a música. Danço até me acabar, sozinha no quarto, vou adentrando à casa, junto com o ritmo. Acabo assim, com o breu que fica por aqui quando todos saem. Por que é sempre assim, todos os dias, todos saem de casa, e eu fico. Só eu, sempre.
Eu e a música, eu e a chuva, eu e o breu, eu e o caos. Só nós.
O breu que se dissolve nas notas do Rick Wakeman, o caos que se mistura à fumaça do cigarro.
A chuva que não pára me ajuda pensar, me acalma. Penso se devo continuar. Continuar com essa melancolia que se tornou minha vida, essa doce melancolia, que eu adoro! Que eu aprendi a conviver, que me dá tanta alegria.
Talvez seja falta de lucidez, quem sabe tenha perdido a sanidade por ai... sempre penso a respeito.
Acho tão estranho uma pessoa viver sozinha, viver assim como eu, isolada. Isolada e feliz, ao mesmo tempo; não deveria ser assim. Não deveria, mas é!
E eu gosto, e como gosto. Só isso me deixa feliz, me faz sentir viva.
A solidão, a música, essa casa no breu. Aqui dentro sou quem quero, sou eu mesmo; é um tipo de demência. Para mim existe dois mundos. O meu, e o lá de fora... aquele que os outros convivem, aquele que eu não entendo, aquele que as pessoas não se respeitam. Aquele que não faz parte do meu.
Aqui dentro, eu mando, eu sou a diretora desse filme, eu faço o roteiro, figurino, sonoplastia, e a trilha sonora.
Aqui é o meu mundo, e não o seu.


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
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