When you were young
segunda-feira, 20 de setembro de 2010 | Comentários
Então, o que me resta é sorrir.
Sim! Chega de lamentações, angústias... não tenho mais motivos.
O que posso fazer agora é sorrir, voltar para casa, reencontrar os velhos amigos, os velhos hábitos.
Já cansei de procurar alguém para me salvar; já cansei e já compreendi que não há o que ser salvo, o que restou de mim é só essência, e amor. Puro amor, imenso e gratuito.
Os pecados?
Eu os conservo, sempre fui feita deles, o que me tornei foi uma pessoa com pecados e amor. E essência.
Sim, sim, a essência sempre volta, mesmo que você a perca de vista em algum mundo paralelo e surrealista devido aos cogumelos que nascem nos pátios das casas.
Mas voltando aos pecados, eu uso-os com moderação. Uma vez alguém falou 'a água do diabo não é tão doce quanto parece, e você não precisa beber agora, mas pode molhar seus pés.
Todos os dias, um pouco.
Porque, por mais que tente ser salva, tentar uma vida sem pecados, cheia de regras... no final você sabe. O que resta são só os pecados, cada vez mais à flor da pele.
Os pecados, o amor. E, claro, a essência.


all my loving;
sábado, 11 de setembro de 2010 | Comentários
E ficamos ali, sem falar nada.
Gostamos disso, um completando o silêncio do outro, e passamos horas assim, um abraço, um beijo, palavras não precisam ser ditas, um entende o que o outro quer, pelo silêncio.
Talvez uma música ao fundo, um cigarro, uma bebida, sem gelo, amarga; ardendo ao cair na garganta.
Faço isso só para não ter que falar, não é preciso. E ele sabe disso.
Como eu sei?
Ele também o faz. Digo, a bebida sem gelo ardendo na boca.
Agora não nos abraçamos, sabemos que a hora de partir está perto; a gente sempre sabe quando uma coisa dessas vai acontecer. Então o melhor é soltar, pra ir acostumando.
Acostumando com o silêncio vazio, sem o outro pra completar.
Não, não começarei com aquele clichê de o-meu-amor-meu-deixou, não. O que posso fazer é beber mais, para não ter o que falar, para não tentar fazê-lo ficar, para não dizer te amo.
Então o outro parte, e eu... eu continuo com a bebida sem gelo, ardendo na boca, sem conseguir dizer nada.
Ele entendeu o que eu queria dizer, um sutil 'fica, por favor', sem palavras.
Aquilo de um completando o silêncio do outro, sabe?


Brincar de viver
sexta-feira, 3 de setembro de 2010 | Comentários
Fugir é bom, as vezes.
Um mal necessário, fingir que não existe mundo lá fora. Nem que seja só por um dia.
É bom brincar de novela, ser outra pessoa; ser aquela pessoa, com quem sempre sonhamos.
Tem vezes que inventamos personagens fantásticos, com poderes mágicos, feitiços.
Outras... fingimos ser alguém qualquer, uma pessoa feliz, sem muita ambição, alguém clichê.
Fingimos ser nós mesmos (?). Afinal, todos somos um pouco clichê.


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
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