kill the lights;
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012 | Comentários
É como se eu pudesse tocá-la; como se, magicamente, pudesse enxergar as palavras dançando na minha frente.
E eu as vejo. Formam redemoinhos ao meu redor; aquele turbilhão de palavras esquecidas na minha cabeça, agora, jorram das minhas veias.
Alguém disse 'verte sangue'; vertem idéias, verte verborragia há tanto tempo acumuladas que não saberia ao certo por onde começar.
Continuo observando a dança em minha volta, até tudo se inundar.
Até meu corpo flutuar junto com elas, pelo quarto, adentrando a casa.
Até tomar conta de mim, pouco a pouco; vou me tornando nada, vou me tornando tudo. Me transformo em luz, me transformo em bicho, volto a ser humana, me transformo em pó.
Me transformo na própria verborragia que verte em mim.


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
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