you and me (in my pocket)
terça-feira, 20 de setembro de 2011 |
Comentários
Eu fico parada ali, observando o outro. Não faço nada, nenhuma palavra, nenhum movimento, apenas o observo.
Ele retribui o olhar, com certa indignação; talvez o meu olhar seja tão detalhista, quanto intimidador.
Não era essa a intenção, juro.
Se ele me falou algo sobre o olhar? não, não falou, agora não há palavras.
Não precisamos delas. Os olhares nos bastam.
Tudo já se foi dito, tudo já se foi feito.
Não há o que falar, não há o que sentir. só nos resta o olhar.
Talvez, vocês não saibam, mas o olhar diz muito. É o espelho da alma, né?
Não sei, não sabes...
Mas isso é tudo que precisamos; eu vejo o amor e a ternura transbordarem em seu olhar, você vê o amor e a ternura transbordarem em meu olhar.
Ora detalhista, ora intimidador.
Quem sou eu?
Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer...
enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
Visualizar meu perfil completo
Arquivo