astronauta de mármore;
segunda-feira, 5 de setembro de 2011 |
Comentários
'Não era mais o mesmo mas estava em seu lugar'
acho que depois de um baque como esse, a gente começa a dar mais valor à vida.
sei lá o motivo de sermos tão bestas.
só dar valor quando perde, e não deveria ser assim. deveríamos dar valor enquanto temos; não depois.
depois não adianta, depois não vai fazer o passado mudar o futuro. ou o presente.
mas, acho que, todo ser humano tem isso, sabe?
essa coisa de achar que é superior a qualquer coisa, que nunca vão perder nada, nem ninguém; só os outros perdem, a gente não.
bobo isso, né? se acontece com os outros, porque não aconteceria conosco?
e daí vem toda aquela conversa babaca de amadurecer, de começar a dar valor, de sentir a falta do que ou-de-quem você perdeu.
cara, que coisa mais narcisista, egocêntrica e humana isso.
mas a gente amadurece, começa a valorizar as coisas ou pessoas e sente falta.
e olha... é uma merda. dói, sabe?
dói tanto que a gente pensa que não vai aguentar, mas a gente aguenta.
e, talvez, essa dor não seja tanto por ter perdido, mas sim pelo que aconteceu antes, pela falta de maturidade, pela falta da valorização.
talvez até, seja peso na consciência, vai saber... por não ter dado todo o valor merecido.
essas coisas.
e todas essas coisas, e as outras coisas se misturam dentro da gente, e você fica a ponto de explodir.
de dor, de raiva, de tudo.
todos os sentimentos ficam se misturando, e você não consegue parar de pensar no antes e no depois.
porque, você sabe, só existe o antes e o depois. o que tinha no meio, agora, é só um espaço vazio.
e esse espaço dói tanto. e a gente tenta continuar.
continuar machuca também, todas essas coisas, e as outras. todas elas machucam.
mas aí, você ta mais maduro, e toda aquela história; encontra alguma coisa-ou-alguém, e entende o motivo de todos nós continuarmos.
Porque, é nessa coisa-ou-alguém que você se agarra, e tenta -não-preencher- mas deixar menos vazio, aquele espaço entre o antes e o depois, sabe?