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quinta-feira, 4 de agosto de 2011 | Comentários
- Me mostre um caminho agora, um jeito de estar sem você.
O apego não quer ir embora, diaxo, ele tem que querer;

Eu ainda espero, talvez, sem motivo algum. Sem ter o que esperar, sem ter quem esperar.
Mas eu ainda espero.
Cada pessoa, cada lugar, cada cheiro, música, gesto. Tudo me lembra você...
Como diz uma música 'as flores de plástico não morrem', e eu gostaria que isso acontecesse com você, que nunca me deixasse, nunca partisse, fosse embora...
Nem escrever eu sei mais, to dilacerada por dentro, as palavras, confusas, pedem ajudam; querem sair de qualquer maneira, ficar no papel, ou qualquer outro lugar que eu as deixe. Mas isso nao acontece, nada acontece.
Elas permanecem na minha cabeça, no meu corpo, misturadas ao sangue, à dor, à saudade.
eu ando cansada, sabe? esses pensamentos ruins, não saem de mim, e eu tento, tento muito, mas é inevitável, eles sempre estão comigo, me deixando pior.
eu cansei de tudo, cansei até de ouvir as pessoas falando, o barulho das suas vozes machuca meus ouvidos, os problemas futis, irritam a minha cabeça... minha paciência não é mais a mesma.
as pessoas, em um geral, têm me irritado com tanta ignorância, e, eu sei, talvez elas nem tenham culpa de nada. mas eu as culpo, jogo na cara, grito, peço pelo-amor-de-Deus, façam alguma coisa para acabar com essa ignorância que as assombra, essa futilidade, que elas chamam de vida.
façam alguma coisa, se matem um pouco, todo dia, esqueçam desses problemas, esqueçam de reclamar, um dia por semana, esqueçam das outras pessoas.
o cigarro também. o cigarro não tem o mesmo gosto, ele nao cessa minhas necessidades. é fraco, não arde minha garganta mais, e eu fumo, fumo mais, pra arder, pra sentir. mas não arde, não sinto.
a bebida, que antes me fazia tão bem, me é indiferente.
dois goles ali, três aqui, e a ânsia sobe. eu paro, vou para casa, acendo outro cigarro, com gosto de cerveja morna, com gosto de indiferença.
talvez os excessos de antigamente façam-me mal, talvez seja isso.
já experimentei tanta coisa; talvez meu limite seja esse, e eu ja não veja mais graça nas coisas que eu ja experimentei, sabe?
ou talvez... ou talvez seja a sua ausência, me dilacerando a cada dia, um pouco, que faça-me mal.
talvez aquela coisa boba de não ver mais graça nas coisas, sem você ao lado.


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
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