where is my mind?
segunda-feira, 14 de março de 2011 | Comentários
Eu sinto a verborragia correndo pelas minhas veias, eu a sinto pulsando, a sinto na minha cabeça.
Talvez seja só o tédio, ou, talvez, essa ‘coisa’ queira, realmente, me dizer algo.
É quase inevitável; para fugir do tédio sempre o faço. Pego o papel, a caneta e fico.
Fico olhando para o teto, as paredes, tão sem cores quanto esses últimos dias.
Cinzas, melancólicos, esfumaçados, amargo.
A chuva não cessa, a fumaça do cigarro tão pouco. O café morno, repugnante, permanece ao meu lado.
Talvez seja por isso que sinto tão forte, esse amontoado de palavras.
Elas correm, fogem, se reencontram, misturam-se.
E a unica coisa que consigo compreender é:
- Tenho que escrever.
Essas bobagens cotidianas, que têm feito parte da minha vida, me forçam, inutilmente, à tentação da mudança.
Mudar, não meus vícios ou pensamentos ou qualquer outra coisa que me faça uma pessoa-mais-íntegra, mas sim o tédio.
Tento mandá-lo embora através das palavras escritas.
Mesmo que para isso, eu não consiga escrever nada.
Às vezes ajuda


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
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