o nosso amor a gente inventa
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010 | Comentários
Eu sei, nós seremos felizes juntos, esse tempo passará rápido. Assim como ja aconteceu de ficarmos afastados.
Talvez não tão parecido quanto antes; afinal, eram só algumas horas e agora... Bem, agora é um pouco mais. Porém isso não impede que continuemos.
Eu continuo aqui por ter você, pelo seu amor. Eu escrevo, eu acordo... por saber que, de alguma maneira, eu tenho você. Do lado esquerdo do peito.
Na verdade é no meio do peito, com uma leve caída para a esquerda; é ai que fica o coração né?
E se não fosse não teria problema algum, te carrego comigo na lembrança, no meu corpo.
Eu, eu eu, quanto egocentrismo! Como me aguentou tanto tempo, meu bem?
Apesar de hoje esse semi-conto ser todo para ti.
Sempre admirei essa gente que sabe escrever contos, livros inteiros. Cara, de onde sai tanta imaginação, concordância, verborragia?
Tá ai uma palavra que eu acho digna.
V E R B O R R A G I A!
Sem hífen, sem acento, nada.. só uma bela palavra que faz parte dessa gente aí que eu admiro, sabe?
Aquela dos contos, dos livros inteiros.
E isso que eu precisava, ter uma verborragia por semana.
Quem sabe eu pudesse, assim, cessar meus desejos de escritora falida e mal resolvida; que não consegue escrever contos.
Uma escritora em busca da... não diria perfeição mas, quem sabe da... ISSO!
Da verborragia que há dentro de mim, bem cicatrizada.
Tão ciactrizada que só poucas palavras conseguem escorrer dos meus poros e cair, quase que acidentalmente, no papél.
Veja só, comecei falando do meu amor por ti e, pelo narcizismo inevitável, acabo por escrever sobre a verborragia que tanto desejo.
Mas, sem aquelas casquinhas que tapam as feridas. Só pra deixar escorrer algumas palavras bonitas... E por fim, eu terminaria de escrever o quão lindo o nosso amor é!


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
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