Morbidez
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009 | Comentários
Nunca pensei na dor que a perda de alguém tão próximo pode me causar... deve ser pelo fato de que, na minha família, desde que eu nasci, só duas pessoas realmente próximas nos deixaram.
Pensar nessa hipótese, agora, parece tão absurdo; não só parece como é!
É uma mudança que nunca me acostumarei, nem quero. Não é somente um ente querido, ela faz parte de mim, e sei que é recíproco, minha melhor amiga, além de tudo.
Não sei expôr sentimentos, não tenho jeito em chorar na frente dos outros, porém, quem sabe agora seja a hora de aprender.
Desabei do mesmo modo que um palácio quando perde seu alicerce.
Parece até ironia o tempo ter fechado do jeito que está, chove lá fora, os galhos batendo na janela só me dão a sensação de que um temporal se arma dentro de mim.
O tempo não fechou só la fora; aqui dentro desaba um temporal de tristezas e pensamentos.
Eu esperando sinceramente que tudo isso seja mentira... porém não sei até quando vou conviver com essa dúvida.
Não quero esperar muito tempo, mas talvez seja melhor. Não quero esperar pouco tempo, e ver que o que eu mais temia seja verdade.
Só quero a certeza de que ela vai passar mais um inverno comigo, me aquecendo, me alegrando, me irritando, como é de praxe.


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
Visualizar meu perfil completo

Arquivo