Devaneios
terça-feira, 9 de dezembro de 2008 | Comentários
Tudo vem à minha mente. Histórias fantásticas, psicodélismo, delírio, rock'n'roll, contradições, músicas, palavras.
Não consigo encaixá-las, não consigo passar para o papél de uma maneira coerente. Queria mantê-las no mesmo tom. Porém, fogem do meu contexto, como uma pessoa depois que toma chá de cogumelo, não distingüindo o real e o abstrato.
Já tentei uma, duas, centenas de vezes. Tudo em vão, escorregam da caneta como água das nossas mãos.
Gostaria de não pensar nelas, esquecer, por um minuto que fosse.
Descansar as mãos, que não cessam em escrever.
Escrever devaneios que eu, tampouco compreendo. Apenas obedeço, já que não há o que fazer essa hora da noite.
Sombras ganham vida lá fora. eu as criei, apenas não as entendo.
É um mundo paralelo, como num sonho... você corre para todos os lados e sempre chega onde estava. Andando em círculos.
É assim com as palavras. Ficam todas embaralhadas aqui dentro, logo formam-se frases, versos, parágrafos, ou quem sabe estrofes, depois caem no papél com a força da caneta , são apenas palavras embaralhadas sem sentido algum. Que dirá devaneiros de uma madrugada chuvosa.


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
Visualizar meu perfil completo

Arquivo