A caixa
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008 | Comentários
Te amo!
Não, não, te adoro! Isso, bem melhor.
Te adoro é melhor, uma frase com uma beleza absurda. Porém, te amo é uma frase forte, e você precisa ter muita certeza do que está fazendo quando a diz.
O que raramente acontece nos dias de hoje. Amar, um verbo lindo, perfeito no seu contexto, sempre empregado em frases podres e fracas, que não respeitam sua grandeza.
Adoro não tem tanto ênfase, mas, tem mais sinceridade. O 'eu te amo' é usado com tanta freqüência¨que, toda aquela beleza, aquela insegurança de dizê-lo acabou, tudo que envolve essa frase cessou... A ansiedade de escutá-la... pois isso é tão normal ultimamente que ninguém mais se surpreende com o feito.
Se cada pessoa tivesse que pagar uma taxa por te amos jogados fora, provavelmente os problemas do Brasil não seriam baseados em roubalheiras, e falta de dinheiro para, quem sabe, a educação das pessoas.
Quando as pessoas nascem, deveriam ganhar numa caixinha um número limitado de tal sentimento.
Para que não usassem em vão, nem jogassem fora.
Já que, tudo que temos em menos quantidade depois que o perdemos, damos muito mais valor.
E então, usaríamos essa caixinha quando tivéssemos maturidade para escolher quem realmente receberia o nosso mais sincero eu te amo!


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
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