Doce solidão
quinta-feira, 23 de outubro de 2008 | Comentários
Sinto um aperto aqui dentro, uma dor que nao cessa, não... não é física, vai além da minha capacidade.
Tento, aliás, tentei por várias vezes entendê-la, mas é incompreensível, machuca, vem dilacerando, como o amor, mas sem aqueles momentos de felicidade que tenho quando o encontro. Me sinto sozinha, quando deito e penso em tudo que se passou, vejo as coisas que eu posso descartar, as que eu levarei comigo. Não temos todo o tempo do mundo, tudo tem seu limite, o nosso é a vida, não a morte, como muitos acham. A morte é a libertação, o romper desse limite. Não que seja uma resposta, é apenas mais uma pergunta... ninguém sabe o que vem depois disso.
E então vejo que é solidão, que me queima por dentro, que dá aquela agonia toda a noite, que faz eu pensar no que realmente importa.
Sempre preferi me arrepender do que não fiz, pois a vida é tão curta para pensarmos no que deveríamos ter feito. Claro que por vezes, fiz a coisa errada... mesmo assim, nao me arrependo.
O erro leva ao caminho certo.
Sempre me preocupei muito com a solidão, medo que ela virasse uma amiga, daquelas que estão sempre presente, entendem?
Creio que arrumei uma companheira então, a única que não me abandona. E que levarei para o resto da vida, talvez.
Faremos uma bela dupla, nas noites de sexta-feira, fumando lucky strike, bebendo algumas doses de martini, embalas ao som de Pink Floyd para dar um ar de psicodelismo ao ambiente.
Poderei até convidar algumas conhecidas, porque amiga, só terei a doce solidão.


Quem sou eu?

Enquanto achar necessário o uso das palavras borradas no papel, enquanto achar inevitável o fazer... enquanto tudo isso acontecer, sempre terei o que escrever, mesmo que para isso, eu não tenha nada em mente.
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